terça-feira, 30 de setembro de 2014

(Des)Elegâncias

Já la vai o tempo em que este assunto era mote de chacota e risos por aqueles que achavam ridículo este tema. Mais do que um mero conjunto de regras - daquelas que só existem para não serem cumpridas - as boas maneiras estão a tornar-se verdadeiras preciosidades, cujo valor de quem as utiliza aumenta cada vez que alguém se esquece delas. 

"Por favor" e "obrigada" são bem mais agradáveis de ouvir do que a buzina de um BMW. Mais estranho ainda é o facto de as boas maneiras diminuírem quando o nível de intimidade aumenta. Quanto mais próximos nos sentimos de alguém, menor é a nossa preocupação em sermos agradáveis e corteses. E se fazemos isto com os nossos conhecidos, não podemos estranhar a frieza e despreocupação com que lidamos com os desconhecidos...

No fundo, sabemos que é pela maneira que nos apresentamos e pela linguagem corporal que demonstramos um pouco daquilo que valorizamos no nosso coração.

Os velhos adágios já diziam: “A beleza vem de dentro”; "Não olho ao hábito mas ao monge". Também a maior parte do que somos e fazemos, virá marcado com as nossas qualidades interiores ou, se for o caso, com a falta delas. 

Assim sendo, das virtudes humanas que se possuam eis algumas a notar: humildade para respeitar o lugar e as circunstâncias que nos exigem flexibilidade para bem nos adequarmos a elas, constância para manter-se elegante mesmo quando se está cansada, coerência, etc.

O ideal é que a nossa apresentação pessoal, já que o que gostamos vem do coração, esteja como ele: cheio de virtudes como a pureza, o desprendimento, a feminilidade, empenho em aprender e desenvolver-se, trabalho de consertar, limpar, combinar, etc., a modéstia, o pudor, e a rectidão de intenção entre tantas outras virtudes... 

Bem sabemos que beleza é um caminho para a virtude. Assim, podemos e devemos estar sempre belas e por isso devemos-nos informar para saber a melhor maneira de nos vestirmos/comportarmos para as várias situações da vida em sociedade. Pormenores como cores, estilo da roupa devem ser adequados aos devidos momentos. Não vamos de saltos altos para a praia pois não?

"Quem não se ajeita a si próprio se rejeita”. Hoje em dia até sem muitos recursos é possível nos arranjarmos dignamente. Também não devemos desculparmos-nos com preguiças, complexos, roupas grandes, falta de tempo, etc para não assumirmos o que devemos fazer. A virtude ou a seriedade pessoal não pode passar por sujidade, descuido, maneiras bruscas, aspecto ridículo ou ar antipático. 

Devemos, portanto,  escolher sempre o que vestir e escolher sempre como agir sem nos deixarmos reger por complexos ou por vulgaridades aprendidas inconscientemente da televisão ou por ideias feitas de comodidades e preguiçites.

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